Profº Fernando Alves Firmino

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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Guerra e olhares

     Escrevi este texto em 1999

     Perdoem as falhas, estou publicando da forma como escrevi a época:


     No meio de uma guerra,
     vejo olhares de crianças e mulheres,
     o desespero e a angústia de uma nação,
     uma nação que se vê acuada,
     perante aos ideais americanos de demonstração de força.
  
    De forma gratuita e insana,
    destruindo passado e futuro,
    famílias e amizades
    e acima de tudo
    a garantia de um mundo melhor.


Fernando Alves Firmino - 21/05/1999



terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Que valores queremos para nós?



    Muita gente me escreve falando sobre falta de educação dos jovens, que os professores não são mais os mesmos...só blá, blá, blá.

    Primeiro, vamos lá. Um monte de gente reclama que os professores não cumprem seu papel, realmente não, pois tem que gastar o tempo que deveríamos passar conhecimento, educando seus filhos. O problema não é o final da pirâmide é o início dela, a base. As famílias não são mais famílias. Elas não ensinam mais hierarquia, pai/mãe manda, filho(a) obedece e pronto. Esta regra funcionou por mais de dez mil anos e graças as maravilhas da tecnologia e sua preguiça, deixamos este conceito de lado. Também em um gesto creditado a "modernidade", deixamos o diálogo de lado. Afinal,meu filho tem roupa, comida e escola, não tem problemas, não preciso ficar conversando com ele, vou assistir Breaking Bead e ele fica no quarto com seu smartphone ou notebook.

    A "pedagogia moderna" onde temos que ser amiguinhos e não pais é um grande, enorme, gigantesco problema que resulta em péssimos profissionais, péssimos cidadãos, uma geração de alienados mimados. Na minha geração já haviam alguns assim, nós os chamávamos de babacas, tudo tinha a proteção da mamãe e do papai, até os trabalhos de escolas deles eram feitos pelos papais.

   Hoje os Papais New Generation, totalmente imersos no século XXI já ensinam os filhos como é "bom" o CTRL+C, CTRL+V, para tudo, sem que se participe do processo, da leitura, da pesquisa, de apurar os dados e o principal, se compreenda o que se propõe ao trabalho.

    Recentemente conversei com dois jornalistas recém formados. Lamentável, dois analfabetos funcionais, não sabiam conversar sobre nada, somente frases prontas, não sabiam falar sobre fatos recentes da história. Mas ai perguntam, poxa, todo mundo é assim? Claro que não, existem ainda pais de verdade, que dão amor, responsabilidade, hierarquia, cobranças e participam do diálogo dos filhos, e estes serão mais propensos ao sucesso na vida, pois já aprenderam na família o que é ganhar, perder, conquistar, crescer. Nunca tiveram nada de mão beijada.

    É verdade que muitos professores se acomodaram também, desistiram de lutar contra a geração selfie e viraram professores de Smartphones, não colocando mais o aluno ao estímulo da leitura, da escrita manual, do debate, da interação e do movimento. O resultado de tudo isto, já sabemos, já foi dito em outra parte deste mesmo texto.

   Não é a ministra fanática religiosa com diploma emitido pela Escola Xavier, Madame Mim, que cospe na cara da ciência, ou os bananas do "escola sem partido" que irão resolver a questão. Estudei com os professores que os neo políticos consideram alienadores de mentes...engraçado, a maioria deles, ou todos, também estudaram do mesmo jeito e não são "alieanados" ou são?

     O que seria alienação? Seria a falta de noção de realidade...talvez sim. A maioria esmagadora de nossos governantes são então, pois vivem em um universo de poder e riqueza que é bem distante do país sem saneamento básico, com pessoas sendo mortas como moscas nas ruas, passando fome, sendo vítimas de crimes constantes, enquanto eles em iates, festas chiques, ficam divagando sobre o glamour de um país que só existe em seus palácios.

    A educação é e sempre será uma corda de duas pontas, onde família e professores tem que andar juntos. Escola não é lugar de religião, religião é algo íntimo e familiar e ponto. Política deve ser debatido na escola sim, dentro do contexto histórico, se retratando fatos e fazendo com que o aluno pense e compreenda que nação ele deseja. Mas hoje o cenário é bem distante disto, bem distante...vamos continuar vendo as escolas como creches para papais moderninhos e para a geração selfie ficar ganhando likes e se vangloriando de humilhar professores, hoje babás.