Hoje lembro que se sou Palestra, devo isto ao meu Babbo, que me mostrou a riqueza deste Palestra, que até pesquisando descobri coisas que nem minha própria família sabia, como a origem italiana, sim sou o mais italiano dos dessedentes de nordestinos e o mais nordestino dos descendentes de italianos.
Somos chatos, tão chatos, quanto apaixonados, somos tão apaixonados, quanto chatos, somos a união Brasil Itália, somos Palestra, não me considero palmeirense, me considero Palestrino Apostólico Romano, como brinco com meus amigos...
Fundei em homenagem a minha origem italiana a A. D. Bérgamo, que guardo com carinho em meu coração.
Não me preocupo com a fase atual, pois a história do campeão do século, é maior que isto...
Se sou treinador de futebol e jornalista devo isto por ser palestrino, pois se não fosse palestrino não sei o que seria.
Não me considero o maior dos palestrinos, acho que sou o mais crítico de todos eles, não sou o maior conhecedor da história do Palestra...Palestra este que morreu líder, nasceu campeão contra aqueles que foram racistas e nos perseguiram...contra aqueles que nasceram da empáfia e que nunca chegaram a altura de nossa fidalguia.
Nosso rival e de onde tenho irmãos e amigos é o Corinthians, também pudera, clube de colônia espanhola, sangue latino, poderíamos ter rival melhor? É o maior clássico do país, se não do planeta...sem nenhuma humildade digo isto. Mas inimigos jamais.
Pois como diria Arrigo Sachi: "O futebol é a coisa mais importante entre todas as coisas menos importantes".
Mas o Palestra não é só futebol, é o maior campeão do futsal no estado, sua tradição no basquete ultrapassa nossos muros, seu judô, tênis de mesa e tantas outras modalidades que honram seu nome: Sociedade Esportiva Palmeiras
Palmeiras que vi a terceira academia, onde tive o prazer de conhecer Fabio Crippa, campeão mundial com o Palmeiras, Pedro Rocha, que desfilou pelo Parque Antártica, agora Allianz Parque, que estádio, pisar lá foi muita emoção, me fez relembrar os shows que vi de Alex e companhia,Evair Paulino, meu mestre Felipão...e o "pofessor" Luxa.
Mas não deixo de esquecer das chagas, das feridas, deixadas por incapazes, não dignos de serem "oriundis" pois cuspiram na bandeira verde.
Este time que recebe as "nonas", os "nonos", os Babbos e as Mamas com alegria e amor, quando estamos na tarantela e lembrando e ouvindo sim as histórias de César Maluco, do Divino Ademir da Guia e Dudu, de César Sampaio, Jorginho, Tonhão, nosso torcedor jogador.
Como esquecer de São Marcos, o nosso Marcão, goleiro que honra a escola de Oberdan, Leão, Valdir, Sérgio, Zetti, Veloso e tantos outros que estou cometendo a heresia de não citar.
Pois a melodia deste clube de tantos títulos, é longa, com requintes de magia e lágrimas, daqueles que sofreram os horrores da guerra, o silêncio do jejum e as feridas de duas quedas...mas se sobrevivemos a guerra, o que será mais um século?
Que San Gennaro abençoe a todos nós e claro não poderia me esquecer da frase que sintetiza eternamente o Palmeiras: "Explicar o que é ser palmeirense a outro palmeirense é desnecessário. Explicar a quem não é palmeirense é impossível" Joelmir Beting, pai dos gênios Mauro Beting eErich Beting...
Tenho orgulho sim...não só dos títulos, mas da riqueza de sua história e suas nuances...
Se o verde da esperança nos banha em nosso manto, temos o azul de nossa Senhora Aparecida para nos abençoar, o branco da paz e o vermelho de toda a paixão que temos por ti Palestra.
Não imaginava esta data estar aqui para falar de Palestra, não sabia que estaria, mas estou...obrigado aos amigos que fiz, ao que aprendi e ao que vivo contigo Palestra, que meus filhos, netos, possam ter o prazer que tenho de sentir em meu sangue a emoção de ser Palestra, de ser não um time de futebol, mas um laço eterno com nossas raízes...
Pois se sou o Fernando Alves Firmino de hoje é porque sou palestrino, não um marginal de facção criminosa que não entende em sua raiz o que é ser palestra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário